Ex-presidente foi considerado culpado por inflar patrimônio das empresas da família para conseguir empréstimos em bancos Ex-presidente dos EUA Donald Trump
06/11/2023REUTERS/Brendan McDermid/Pool
Jack Queenda Reuters
Nova York
16/02/2024 às 21:15
A sentença de fraude civil de Donald Trump, no valor de R$ 1,7 bilhão, poderá comprimir as reservas de caixa do ex-presidente dos EUA nos próximos meses e limitar drasticamente a sua capacidade de obter crédito.
Aqui está uma explicação de como a ordem de sexta-feira de um juiz do estado de Nova York pode afetar as finanças de Trump enquanto ele busca a indicação republicana para desafiar o presidente democrata Joe Biden nas eleições de 5 de novembro nos EUA.
Qual foi a decisão?
O juiz Arthur Engoron decidiu que Trump inflou e fraudou o patrimônio líquido das empresas da família para obter melhores condições de empréstimos.
A sentença contém as seguintes as sanções econômicas: Trump fica proibido de gerir empresas em Nova York durante três anos e não pode pegar empréstimos com nenhum banco licenciado registado no estado de Nova York.
Trump negou qualquer irregularidade e classificou o caso como uma vingança política da procuradora-geral de Nova York, Letitia James, que é democrata.
Como a decisão vai impactar o império imobiliário de Trump?
Trump tem participações em uma rede global de cerca de 500 entidades que abrangem imóveis, licenciamento e outros empreendimentos comerciais.
As finanças do ex-presidente são totalmente transparentes, mas a Forbes estima o seu património líquido em 2,6 bilhões de dólares, a maior parte ligada a imóveis.
Em um depoimento em abril, Trump disse que tinha cerca de US$ 400 milhões em dinheiro.
Embora ele pudesse vender partes da sua carteira para cumprir a decisão e pagar a multa, não está claro quanto valem as suas participações imobiliárias, dados os ventos contrários no setor imobiliário comercial.
Trump é financeiramente capaz de pagar a multa por completo?
A proibição de solicitar empréstimos a bancos registados ou licenciados em Nova York poderá restringir severamente a capacidade de Trump de angariar dinheiro para pagar a multa.
Além da sentença de R$ 1,7 bilhão no caso de fraude civil, Trump precisa pagar R$ 412 milhões em indenização à escritora E. Jean Carroll depois que um júri concluiu que ele a difamou ao negar tê-la estuprado na década de 1990.
Outro júri de Manhattan, em maio de 2023, ordenou que Trump pagasse a Carroll R$ 24 milhões também em indenização após um julgamento em um outro caso separado de difamação e agressão sexual que ela abriu.
Trump negou ter estuprado Carroll e recorreu do primeiro veredito. Agora, o ex-presidente diz que vai recorrer do segundo.
O patrimônio de Trump pode ter um grande crescimento inesperado, caso ele venda sua participação na plataforma de redes sociais Truth Social, cujo valor disparou à medida que a campanha dele para regressar à Casa Branca ganha força.
A participação de Trump na empresa, Trump Media & Technology Group, vale agora cerca de R$ 19 bilhões, com base em avaliações de mercado. O republicano também poderia vender ações dentro de alguns meses, a depender de negócios que envolvem a empresa e que já estão em andamento.
Trump pode usar fundos de campanha para pagar a multa?
Não porque ao contrário de muitos dos problemas jurídicos de Trump, esse caso específico de Nova York não estava relacionado com a sua campanha ou com a sua conduta como presidente ou candidato político. Trata-se de um assunto empresarial.
Alguns especialistas jurídicos afirmaram que as indenizações são despesas estritamente pessoais, independentemente dos argumentos de Trump e dos seus advogados de que o caso movido contra ele tinha motivação política.
Quando Trump terá que pagar?
Os advogados de Trump prometeram recorrer da decisão. Ele poderá ser obrigado a depositar o valor total da sentença mais juros durante qualquer recurso, o que é prática padrão em casos semelhantes.
Trump também poderia depositar uma quantia menor com garantias e juros, usando uma espécie de empréstimo conhecido como ”título de recurso”. A questão aqui é que ele poderá ter dificuldade em encontrar um credor já que foi considerado culpado de mentir aos bancos sobre sua riqueza.
O recurso poderá demorar mais de um ano e ainda não está claro se um tribunal de segunda instância suspenderá a decisão até que seja analisa novamente.
O que acontece se Trump não pagar?
Se esgotar todos os recursos e se recusar a pagar a multa por fraude civil, Trump poderá ser condenado por desacato ao tribunal e receber mais multas. O estado de Nova York também poderia tentar confiscar salários que Trump possa receber das empresas. Tempo de prisão seria possível, mas extremamente improvável.
88 9 8839 38 49 E 9 8896 57 61
Entenda como Trump pagará a multa de R$ 1,7 bilhão por fraude fiscal
By MARCOS ANTONIO DE MELO at fevereiro 16, 2024
MUNDO
Clubes militares afirmam que é “pouco sustentável” que “distintos chefes” das Forças Armadas tenham aderido ao golpismo
By MARCOS ANTONIO DE MELO at fevereiro 16, 2024
NOTÍCIAS
Manifestação acontece após 16 integrantes das Forças Armadas terem sido alvo de uma operação da Polícia Federal sobre uma tentativa de golpe para manter Bolsonaro no poder Clubes militares afirmam que é “pouco sustentável” que “distintos chefes” das Forças Armadas tenham aderido ao golpismo
16/02/2024 às 20:25 | Atualizado 16/02/2024 às 20:27 Jussara Soares
Os Clubes Naval, Militar e da Aeronáutica divulgaram nesta sexta-feira (16) uma nota em que afirmam ser “pouco sustentável” que “distintos chefes militares” tenham atentado contra o Estado Democrático de Direito.
O comunicado da Comissão Interclubes Militar vem oito dias após 16 integrantes das Forças Armadas terem sido alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) que investiga uma suposta tentativa de golpe articulada para tentar manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.
“Em um momento em que nossa sociedade enfrenta perigosa polarização, surge a preocupação com antagonismos entre diferentes setores. Observamos, com apreensão, a exposição de distintos chefes militares, associados a atos que supostamente atentaram o Estado Democrático de Direito – algo que, cumpre registrar, consideradas as suas trajetórias de vida, avaliamos ser pouco sustentável”, diz o texto.
ento é assinado pelos presidentes dos três clubes: Prado Maia (Naval); Sérgio Tavares (Militar); e Marco Antônio Perez (Aeronáutica).
Eles defendem que os processos em andamento sejam conduzidos “com responsabilidade e imparcialidade, respeitando os limites legais, o devido processo legal, a igualdade perante a Lei, o contraditório e a ampla defesa.”
Os clubes também pedem que seja reconhecida a “imperativa necessidade de preservar os valores fundamentais do Estado Democrático de Direito, como cidadania, pluralismo político.”
Cobram ainda a “garantia dos direitos individuais e liberdade de expressão” para manter o “equilíbrio e a separação dos Três Poderes da República”.
Em outro trecho, o texto rechaça a cobrança de posições firmes dos clubes sobre a investigação de militares.
“Àqueles que nos demandam posições extremadas, reiteramos que não promoveremos o dissenso no seio das Forças Armadas, objetivo permanente daqueles que não comungam de nossos ideais, valores e amor à Pátria, ignorando o nosso juramento de defendê-la, se necessário, com o sacrifício de nossas próprias vidas”, diz
Entre os militares investigados pela PF há quatro generais do Exército: Walter Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e Defesa), Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete Segurança Institucional), Mário Fernandes (ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência) e Estevam Theophilo Gaspar de Oliveira (ex-chefe do Comando de Operações Terrestre).
O comandante da Marinha durante o governo Bolsonaro, almirante Almir Garnier, também é alvo da apuração, assim como o coronel Bernardo Romão Corrêa Neto, e o tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira. Estes dois últimos foram presos na operação da última quinta-feira (8).
Líderes mundiais reagem à morte de Alexei Navalny;
By MARCOS ANTONIO DE MELO at fevereiro 16, 2024
MUNDO
Opositor de Vladimir Putin morreu em uma prisão na Rússia; comunidade internacional cobra explicações Flores colocadas ao lado de uma foto do líder da oposição russa Alexei Navalny no monumento às vítimas da repressão política, em São Petersburgo, Rússia, após a morte de Navalny
16/02/2024REUTERS/Stringer
Elizabeth Matravolgyida CNN
16/02/2024 às 21:58 | Atualizado 16/02/2024 às 21:59
A morte de Alexei Navalny, principal opositor do presidente russo Vladimir Putin, nesta sexta-feira (16), repercutiu no mundo todo. Líderes mundiais cobraram por explicações.
Veja as principais reações internacionais:
Joe Biden, presidente dos EUA
O presidente americano, Joe Biden, convocou uma coletiva de imprensa e disse que Putin é responsável pela morte de Navalny.
“Não se engane: Putin é responsável pela morte de Navalny. Putin não visa apenas cidadãos de outros países, como vimos no que está acontecendo na Ucrânia neste momento, ele também inflige crimes terríveis ao seu próprio povo”, destacou Biden.
Biden também apontou que “não está surpreso”, mas “indignado” após os relatos da morte.
Emmanuel Macron, presidente da França
O presidente francês Emmanuel Macron se reuniu nesta sexta-feira (16) com o líder ucraniano Volodymyr Zelensky para assinar um pacto de ajuda militar que inclui o fornecimento de 3 bilhões de euros em armamentos.
Durante o encontro, Macron disse que a “a morte de Navalny mostra a fraqueza do Kremlin e o medo de todos os oponentes.”
Olaf Scholz, chanceler da Alemanha
O chanceler alemão, Olaf Scholz, se manifestou por meio de uma mensagem no X (antigo Twitter) e criticou o governo russo.
“ Estou profundamente triste com a morte de Alexei Navalny. Ele defendeu a democracia e a liberdade na Rússia – e aparentemente pagou pela sua coragem com a vida. Esta notícia terrível mostra mais uma vez como a Rússia mudou e que tipo de regime está no poder em Moscou”, disse.
Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan
O secretário-geral da Otan Jens Stoltenberg cobrou uma posição do Kremlin sobre a morte do ativista.
Em uma postagem no X, Stoltenberg disse: “Triste e preocupado com os relatos da morte de Alexei Navalny. A Rússia tem questões sérias a responder. Navalny tem sido uma voz forte em defesa da liberdade e da democracia; A OTAN e os aliados há muito pediam a sua libertação. Meus pensamentos estão com sua família e entes queridos”.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia
A presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen disse que a morte do opositor é um “lembrete sombrio do que são Putin e o seu regime”.
“Profundamente perturbada e entristecida com a notícia da morte de Alexei Navalny. Putin não teme nada mais do que a dissidência do seu próprio povo. Um lembrete sombrio do que são Putin e o seu regime. Vamos nos unir na nossa luta para proteger a liberdade e a segurança daqueles que se atrevem a enfrentar a autocracia”, disse no X.
Navalny teve mal súbito, diz serviço penitenciário
O serviço penitenciário da Rússia anunciou a morte de Alexei Navalny nesta sexta-feira (16), alegando que ele teve um mal súbito após uma caminhada.
Também ressaltaram que médicos tentaram reanimá-lo por cerca de meia hora, mas sem sucesso, e que estão investigando o caso.
A mãe de Navalny afirmou que viu o filho pela última vez na prisão na segunda-feira (12) e ele estava “saudável e alegre”, segundo comentou ao canal de notícias independente russo Novaya Gazeta.
Quem é Alexei Navalny
Alexei Navalny tinha 47 anos e era conhecido como o principal opositor ao regime de Vladimir Putin, tendo organizado protestos de rua expondo acusações de corrupção no Kremlin e na economia russa.
Manchetes do mundo inteiro noticiaram o envenenamento de Navalny, em 2020, que o deixou em estado grave.
O governo alemão disse que ele foi envenenado com um agente químico nervoso chamado Novichok, conclusão que foi posteriormente apoiada por outros dois laboratórios na França e na Suécia.
O opositor retornou à Rússia em 2021 e foi rapidamente preso por acusações que negou, dizendo que possuem motivação política, ficando detido desde então.
As preocupações com o bem-estar do opositor de Putin ficaram mais intensas depois que ele foi transferido para uma colônia penal ao norte do Círculo Polar Ártico.
Saiba mais sobre a vida de Navalny, seu envenenamento e as condições que enfrentava na prisão nesta matéria.
*Com informações da Reuters
Invicto, Bayer Leverkusen atropela Bayern de Munique e se aproxima de título inédito
By MARCOS ANTONIO DE MELO at fevereiro 10, 2024
ESPORTE
Time de Xabi Alonso confirma sua força ao vencer o rival e disparar na liderança
Jogadores do Bayer Leverkusen comemoram enquanto os do Bayern de Munique lamentam a derrota
Leon Kuegeler/Getty Images
Luccas Oliveirada CNN
10/02/2024 às 17:19 | Atualizado 10/02/2024 às 19:35
Aparentemente, nem mesmo o multicampeão Bayern de Munique será capaz de parar o Bayer Leverkusen na luta pelo título inédito da Bundesliga. Neste sábado, o time rubro-negro dominou o rival e venceu por 3 a 0 a “final antecipada”.
A partida em Leverkusen era um duelo direto pela liderança. Com a vitória contundente, o time comandado por Xabi Alonso abriu cinco pontos de vantagem em relação ao Bayern de Munique no topo da tabela.
Os gols foram marcados por Stanisic, Grimaldo e Frimpong, jogadores que atuam pelas pontas do campo, a grande força do Bayer Leverkusen numa campanha já histórica na Bundesliga.
O rubro-negro, que nunca foi campeão da primeira divisão alemã em 120 anos de história, faz campanha perfeita, até aqui.
Números do Bayer Leverkusen na Bundesliga
21 rodadas
17 vitórias
4 empates
0 derrota
55 gols marcados
14 gols sofridos
Fim da hegemonia do Bayern de Munique?
O possível título inédito do Bayer Leverkusen daria fim a uma das maiores hegemonias do futebol mundial. O Bayern de Munique venceu as últimas 11 edições de Bundesliga, desde a temporada 2012-13.
Na última edição, os bávaros chegaram a ser fortemente ameaçados pelo Borussia Dortmund, mas os rivais tropeçaram na última rodada e permitiram o 33º título da história do clube de Munique.
Em ano de queda do juro, CPFs na renda fixa crescem 15% e investimento em ação fica estável
By MARCOS ANTONIO DE MELO at fevereiro 10, 2024
ECONOMIA
Atualmente, 17,1 milhões de pessoas têm recursos na renda fixa e 5 milhões de CPFs têm algum investimento em ações, segundo B3
Em ano de queda do juro, CPFs na renda fixa crescem 15% e investimento em ação fica estável, Fernando Nakagawa
09/02/2024 às 17:12
O número de investidores na renda fixa cresceu 15% no ano passado, quando o Banco Central (BC) iniciou o ciclo de corte dos juros que segue até agora. Ao mesmo tempo, o número de pessoas com investimento em ações manteve-se estável no ano de 2023.
Atualmente, 17,1 milhões de pessoas têm recursos na renda fixa e 5 milhões de CPFs têm algum investimento em ações. O dado é da B3 e consta do relatório anual da bolsa.
Segundo os dados da B3, o conjunto de brasileiros com recursos na renda fixa terminou o ano passado com R$ 2,136 trilhões em recursos. Esse montante saltou 30% na comparação com o fim de 2022. Cada CPF tinha, em média, R$ 6,8 mil investidos no fim de dezembro.
Apenas no Tesouro Direto, são 2,5 milhões de pessoas, grupo que cresceu 16% em um ano. No Tesouro Direto, são R$ 126,8 bilhões investidos pelas pessoas físicas.
Na renda variável, o total de investimentos atingiu R$ 551 bilhões no fim do ano passado, valor 20% maior que o registrado um ano antes. Na média, cada um dos 5 milhões de CPFs desse grupo tinha R$ 2,1 mil investido em renda variável. Em um ano, esse universo de investidores praticamente não oscilou – e teve ligeira queda marginal de 1%.
Por faixa etária, 49% dos CPFs com investimento em renda variável tinham entre 25 e 39 anos. O segundo maior grupo, entre 40 e 59 anos, responde por 26% dos investidores.
Somados, os investimentos de pessoas físicas na renda fixa e variável atingem R$ 2,6 trilhões sob custódia. Ao todo, há 19,1 milhões de CPFs com algum tipo de investimento registrado nos sistemas da B3.
“A agenda da bancarização digital dos brasileiros nos últimos anos também abriu as portas para a oferta de produtos de investimentos de renda fixa e renda variável. Esse fluxo de abertura de novas contas digitais bancárias vem fluindo para o mundo dos investimentos”, diz Felipe Paiva, diretor de relacionamento com clientes, pessoas físicas e educação da B3.